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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

'Call of Duty 4' troca Segunda Guerra pelo Oriente Médio

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De Chernobyl ao Azerbaijão, jogo de tiro envolve exércitos em conflitos atuais.
Jogador começa como novato e termina como peça fundamental.
RENATO BUENO Do G1, em São Paulo entre em contato

Foto: Arte / G1
Arte / G1
Veja a ficha completa de 'Call of Duty 4' (Foto: Arte / G1)

Estamos em janeiro de 2008, mas a fila de jogos lançados no final de 2007 está longe de acabar. Um dos nomes dessa safra final é "Call of Duty 4", que deixou de lado o tema Segunda Guerra Mundial e entrou para a galeria de melhores do ano.

Em vez de atravessar França, Inglaterra e Itália, você agora vai desembarcar de helicóptero no Azerbaijão, fugir de tanques em Chernobyl e invadir navios no Oceano Pacífico. As missões abordam temas "atuais", que devem persistir num futuro próximo: armas nucleares, petróleo, disputa pelo poder no Oriente Médio.

Veja mais imagens de "Call of Duty 4"

Os fatores que fizeram o sucesso da série no passado foram aprimorados. A habilidade em contar histórias, oferecer boas missões e uma trilha sonora marcante continuam fazendo de "Call of Duty" um dos principais jogos de guerra disponíveis.

Velhos conhecidos

Quem conhece os jogos anteriores não vai ter dificuldades em se adaptar. Apesar do subtítulo "Modern Warfare", os exércitos não contam com nenhum equipamento "hi-tech" que obrigue um reaprendizado da guerra.

Rifles, metralhadoras e pistolas compõem o arsenal comum de outros jogos. Na maioria das vezes acompanhado por soldados de seu exército, o jogador deve seguir uma lista de objetivos para cumprir determinadas missões. Sem acumular pontos, nem subir de classe durante as batalhas, como em "Medal of Honor: Airborne".

Foto: Reprodução

Nada como uma calorosa recepção no primeiro dia de 'trabalho' na guerra (Foto: Reprodução)

Logo no começo, você fica sabendo de uma notícia boa e uma ruim. A boa: o mundo está prestes a explodir, com ameaças de golpe de estado no Oriente Médio e ações suspeitas na Rússia. A ruim: a chegada de um novato ao exército britânico. O novato é você, "Soap" MacTavish. Durante algumas missões o jogador também controla outros personagens, incluindo um sargento norte-americano.

Experiência valiosa

"Call of Duty 4" não é só mais um jogo de guerra. As missões são intensas, têm diálogos interessantes e momentos inesquecíveis, como quando você deve acertar um tiro de fuzil a centenas de metros de distância. E, mais importante, as missões sempre surpreendem, mesmo que limitem o jogador a caminhos lineares.

Foto: Reprodução
Dois tanques entram, apenas um deles sai inteiro (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez na série, o jogador tem alvos definidos. Em vez de lutar apenas contra o "avanço abstrato de tropas inimigas", o soldade vê a foto dos líderes, consegue informações sobre eles e entende cada passo das operações. Os "chefões" agora existem, o que torna os conflitos mais interessantes.

Contra o terror

"Call of Duty 4" arrisca ao levar para o jogo o tema Oriente Médio, cada vez mais polêmico à medida que a interferência dos EUA no Iraque se agrava. É uma aposta válida, que renova os jogos de guerra, mas pode provocar interpretações equivocadas do conflito. É comum, ao final do jogo, querer abandonar tudo para lutar ao lado de Estados Unidos e Inglaterra "contra o terror".

Foto: Reprodução
Não faltam detalhes de cenário, efeitos e 'figurino' (Foto: Reprodução)

A campanha para um jogador ("single-player") é relativamente curta - cerca de cinco horas são suficientes para cumprir todos os objetivos. Mas isso não diminui o impacto de "Call of Duty 4". Além de ter um modo on-line (multiplayer) caprichado, o jogo incentiva a coleta de todos os 30 notebooks inimigos espalhados pelos cenários durantes as missões.

Ao terminar o jogo pela primeira vez, a pontuação obtida com os notebooks libera "dicas" para apimentar as próximas batalhas. Com isso, é possível dar um tom de cinema mudo ao jogo e até habilitar um efeito de múltiplas explosões de granada. Também existe o modo "arcade", em que o jogador tem vidas e marca pontos conforme derrota inimigos.

Perigo real

Foto: Reprodução

O helicóptero é um dos transportes mais usados (e quase totalmente seguros) no jogo (Reprodução)

No quesito "cinema", "Call of Duty 4" é exuberante em cenários, sons e efeitos. Fatores que contribuem para reforçar a dinâmica de jogo e elevar a qualidade das batalhas virtuais do gênero.

Por várias vezes o jogador passa por situações de risco. Acidentes, explosões e ataques inesperados resultam em cenas dramáticas em que nada se ouve e pouco se enxerga. Os jogos de guerra jamais atingiram níveis tão intensos de imersão.

Quem esperava "apenas" uma reforma dos jogos anteriores da série foi surpreendido por uma guerra inédita e emocionante - embora as razões ideológicas por trás disso possam ser questionadas eternamente.

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De Chernobyl ao Azerbaijão, jogo de tiro envolve exércitos em conflitos atuais.
Jogador começa como novato e termina como peça fundamental.
RENATO BUENO Do G1, em São Paulo entre em contato

Foto: Arte / G1
Arte / G1
Veja a ficha completa de 'Call of Duty 4' (Foto: Arte / G1)

Estamos em janeiro de 2008, mas a fila de jogos lançados no final de 2007 está longe de acabar. Um dos nomes dessa safra final é "Call of Duty 4", que deixou de lado o tema Segunda Guerra Mundial e entrou para a galeria de melhores do ano.

Em vez de atravessar França, Inglaterra e Itália, você agora vai desembarcar de helicóptero no Azerbaijão, fugir de tanques em Chernobyl e invadir navios no Oceano Pacífico. As missões abordam temas "atuais", que devem persistir num futuro próximo: armas nucleares, petróleo, disputa pelo poder no Oriente Médio.

Veja mais imagens de "Call of Duty 4"

Os fatores que fizeram o sucesso da série no passado foram aprimorados. A habilidade em contar histórias, oferecer boas missões e uma trilha sonora marcante continuam fazendo de "Call of Duty" um dos principais jogos de guerra disponíveis.

Velhos conhecidos

Quem conhece os jogos anteriores não vai ter dificuldades em se adaptar. Apesar do subtítulo "Modern Warfare", os exércitos não contam com nenhum equipamento "hi-tech" que obrigue um reaprendizado da guerra.

Rifles, metralhadoras e pistolas compõem o arsenal comum de outros jogos. Na maioria das vezes acompanhado por soldados de seu exército, o jogador deve seguir uma lista de objetivos para cumprir determinadas missões. Sem acumular pontos, nem subir de classe durante as batalhas, como em "Medal of Honor: Airborne".

Foto: Reprodução

Nada como uma calorosa recepção no primeiro dia de 'trabalho' na guerra (Foto: Reprodução)

Logo no começo, você fica sabendo de uma notícia boa e uma ruim. A boa: o mundo está prestes a explodir, com ameaças de golpe de estado no Oriente Médio e ações suspeitas na Rússia. A ruim: a chegada de um novato ao exército britânico. O novato é você, "Soap" MacTavish. Durante algumas missões o jogador também controla outros personagens, incluindo um sargento norte-americano.

Experiência valiosa

"Call of Duty 4" não é só mais um jogo de guerra. As missões são intensas, têm diálogos interessantes e momentos inesquecíveis, como quando você deve acertar um tiro de fuzil a centenas de metros de distância. E, mais importante, as missões sempre surpreendem, mesmo que limitem o jogador a caminhos lineares.

Foto: Reprodução
Dois tanques entram, apenas um deles sai inteiro (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez na série, o jogador tem alvos definidos. Em vez de lutar apenas contra o "avanço abstrato de tropas inimigas", o soldade vê a foto dos líderes, consegue informações sobre eles e entende cada passo das operações. Os "chefões" agora existem, o que torna os conflitos mais interessantes.

Contra o terror

"Call of Duty 4" arrisca ao levar para o jogo o tema Oriente Médio, cada vez mais polêmico à medida que a interferência dos EUA no Iraque se agrava. É uma aposta válida, que renova os jogos de guerra, mas pode provocar interpretações equivocadas do conflito. É comum, ao final do jogo, querer abandonar tudo para lutar ao lado de Estados Unidos e Inglaterra "contra o terror".

Foto: Reprodução
Não faltam detalhes de cenário, efeitos e 'figurino' (Foto: Reprodução)

A campanha para um jogador ("single-player") é relativamente curta - cerca de cinco horas são suficientes para cumprir todos os objetivos. Mas isso não diminui o impacto de "Call of Duty 4". Além de ter um modo on-line (multiplayer) caprichado, o jogo incentiva a coleta de todos os 30 notebooks inimigos espalhados pelos cenários durantes as missões.

Ao terminar o jogo pela primeira vez, a pontuação obtida com os notebooks libera "dicas" para apimentar as próximas batalhas. Com isso, é possível dar um tom de cinema mudo ao jogo e até habilitar um efeito de múltiplas explosões de granada. Também existe o modo "arcade", em que o jogador tem vidas e marca pontos conforme derrota inimigos.

Perigo real

Foto: Reprodução

O helicóptero é um dos transportes mais usados (e quase totalmente seguros) no jogo (Reprodução)

No quesito "cinema", "Call of Duty 4" é exuberante em cenários, sons e efeitos. Fatores que contribuem para reforçar a dinâmica de jogo e elevar a qualidade das batalhas virtuais do gênero.

Por várias vezes o jogador passa por situações de risco. Acidentes, explosões e ataques inesperados resultam em cenas dramáticas em que nada se ouve e pouco se enxerga. Os jogos de guerra jamais atingiram níveis tão intensos de imersão.

Quem esperava "apenas" uma reforma dos jogos anteriores da série foi surpreendido por uma guerra inédita e emocionante - embora as razões ideológicas por trás disso possam ser questionadas eternamente.

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